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Japão Pode Processar Ubisoft Por Assassin’s Creed Shadows? Entenda a Polêmica

A Ubisoft está enfrentando uma crise sem precedentes no Japão devido à forma como Assassin’s Creed Shadows retrata a cultura e a história do país. Representantes de templos e santuários xintoístas expressaram indignação e anunciaram que tomarão atitudes apropriadas contra a desenvolvedora.

A polêmica surgiu após vídeos do jogo mostrarem a destruição de templos sagrados, incluindo o Santuário Socha Itate Rosu, que tem mais de 1.000 anos de história. A comunidade japonesa considera isso uma grave falta de respeito, e agora a questão pode até escalar para processos judiciais contra a Ubisoft.

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Destruição de templos no jogo gera revolta no Japão

Destruição de templos no jogo gera revolta no Japão em AC Shadows

Nas últimas semanas, diversos vídeos de Assassin’s Creed Shadows começaram a circular nas redes sociais, mostrando cenas do protagonista Yasuke destruindo templos sagrados com sua espada. Para os praticantes do xintoísmo, isso não é apenas um elemento de jogabilidade, mas sim um ataque direto à cultura e às tradições religiosas do Japão.

O que gerou ainda mais revolta foi o fato de que a Ubisoft nunca pediu autorização para utilizar esses templos no jogo. Representantes do Santuário Socha Itate Rosu, localizado na Prefeitura de Hyogo, declararam à imprensa japonesa que se tivessem sido consultados, jamais teriam permitido que seu templo fosse retratado dessa maneira.

Possível processo contra a Ubisoft?

A polêmica já tomou grandes proporções, e autoridades religiosas e políticos japoneses estão avaliando medidas legais contra a Ubisoft. Segundo o jornal Sankei Shimbun, representantes de templos afetados afirmaram que irão tomar todas as medidas apropriadas para impedir que Assassin’s Creed Shadows desrespeite locais sagrados do Japão.

Ainda não está claro se a Ubisoft pode ser processada por uso indevido de imagens de templos reais sem permissão, mas especialistas afirmam que o caso pode se transformar em um dos maiores embates legais já enfrentados pela empresa.

Erro histórico: templos inexistentes na época do jogo

alguns dos templos retratados no jogo simplesmente não existiam na época em que Assassin’s Creed Shadows se passa

Outro detalhe que intensificou a revolta no Japão é que alguns dos templos retratados no jogo simplesmente não existiam na época em que Assassin’s Creed Shadows se passa.

Um exemplo disso é o Templo Todaiji, na cidade de Nara, que foi completamente destruído durante um conflito em 1567 e só reconstruído anos depois. No entanto, no jogo da Ubisoft, ele aparece intacto e jogável, o que demonstra uma falha histórica grave.

Esse tipo de erro levanta questionamentos sobre a falta de pesquisa e respeito da Ubisoft ao representar a cultura japonesa. Enquanto jogos como Ghost of Tsushima foram elogiados e até receberam prêmios do governo japonês, Assassin’s Creed Shadows está sendo massacrado pela opinião pública do país.

Assassin’s Creed Shadows será boicotado no Japão?

Assassin’s Creed Shadows será boicotado no Japão

Diante da revolta crescente, já há rumores de que lojas japonesas podem boicotar Assassin’s Creed Shadows, impedindo sua venda no país. Além disso, a baixa recepção do jogo no Japão pode influenciar suas vendas globais, tornando-o um dos maiores fracassos da Ubisoft nos últimos anos.

A desenvolvedora ainda não se pronunciou oficialmente sobre a polêmica, mas, diante da pressão da comunidade japonesa, é possível que a empresa seja forçada a alterar elementos do jogo ou até remover templos sagrados da versão final.

Conclusão

A Ubisoft está enfrentando uma crise gigantesca com Assassin’s Creed Shadows, e a situação só piora à medida que mais informações são reveladas. A destruição de templos sagrados sem permissão, erros históricos e a falta de respeito à cultura japonesa colocaram a empresa em um grande problema.

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Com templos e autoridades prometendo ações contra a desenvolvedora, Assassin’s Creed Shadows pode se tornar um dos jogos mais polêmicos da franquia, e sua recepção no Japão será crucial para determinar o futuro do título.

Agora resta saber como a Ubisoft responderá a essa crise e se fará mudanças drásticas para evitar um boicote no país.

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