A Capcom com seu lançamento de Monster Hunter Wilds segue consolidando sua posição entre as gigantes da indústria dos games. No relatório fiscal encerrado em 31 de março de 2025, a empresa japonesa registrou mais um ano de resultados históricos, totalizando o oitavo ano consecutivo de lucros recordes. O desempenho foi liderado por Monster Hunter Wilds, que ultrapassou a impressionante marca de 10,1 milhões de unidades vendidas, além de um forte volume de vendas de títulos anteriores do catálogo.
Os números revelam que a Capcom atingiu ¥169,6 bilhões (US$ 1,15 bilhão) em vendas líquidas, com crescimento de 11,3% em relação ao ano anterior. Já o lucro líquido subiu para ¥48,45 bilhões (US$ 328 milhões) — um aumento de 11,7% ano a ano. Com isso, a companhia também completa doze anos seguidos de crescimento operacional.
Monster Hunter Wilds impulsiona nova fase da franquia
Com lançamento previsto para fevereiro de 2025, Monster Hunter Wilds não só teve uma performance de estreia expressiva como também impulsionou o interesse pelos títulos anteriores da franquia. A série, como um todo, ultrapassou a marca de 100 milhões de cópias vendidas mundialmente. Somente Monster Hunter: World, lançado em 2018, vendeu mais 3,18 milhões de unidades neste ano fiscal, alcançando agora 28,51 milhões de cópias no total.
O sucesso também se estende aos DLCs: Iceborne, a expansão de World, vendeu mais 2,6 milhões e chegou a 15,2 milhões no total. Sunbreak, o conteúdo adicional de Monster Hunter Rise, vendeu 2,13 milhões, somando 9,88 milhões no acumulado. Monster Hunter Rise, por sua vez, teve um crescimento de mais 2,44 milhões de unidades, atingindo 17,18 milhões no total.
Além disso, o título mobile Monster Hunter Now já passou da marca de 15 milhões de downloads, consolidando o alcance da franquia em diversas plataformas.
Catálogo forte e Resident Evil em alta
Um dos pilares do sucesso da Capcom foi a performance sólida de títulos lançados em anos anteriores. As chamadas vendas de catálogo — ou seja, de jogos fora da janela de lançamento — totalizaram 39,49 milhões de unidades, superando os 36,29 milhões do ano fiscal anterior. A expectativa da empresa é que esses números representem mais de 85% do faturamento no próximo ano fiscal.
Na linha Resident Evil, os resultados também impressionam. O remake de Resident Evil 4 alcançou 9,92 milhões de cópias vendidas, com 2,76 milhões apenas no último ano. Resident Evil Village adicionou 1,5 milhão, somando agora 11,3 milhões. Já o remake de Resident Evil 2 chegou a 15,4 milhões de unidades, enquanto Resident Evil 7 e o remake de Resident Evil 3 atingiram, respectivamente, 14,78 milhões e 9,9 milhões.
Outros sucessos do catálogo e negócios paralelos
A Capcom também registrou aumentos expressivos em outras franquias. Street Fighter 6 vendeu mais 1,37 milhão de unidades (total de 4,67 milhões), e Devil May Cry 5 avançou com 1,23 milhão adicionais (total de 9,13 milhões). Dragon’s Dogma 2 somou mais 1,07 milhão, alcançando 3,7 milhões no total.
O segmento de conteúdo digital da empresa arrecadou ¥125,1 bilhões (US$ 846 milhões), crescimento de 4,4% em relação ao ano anterior. Já nas operações de arcade e varejo no Japão, a Capcom viu um aumento de 17,6% nas vendas. Seu negócio de equipamentos de entretenimento — que inclui máquinas de pachi-slot — cresceu ainda mais: 73,1% de alta em relação ao último ano.
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Expectativas para o próximo ano fiscal
O otimismo continua firme: a Capcom projeta vendas líquidas de ¥190 bilhões (US$ 1,28 bilhão) para o ano fiscal de 2026, com lucro líquido estimado em ¥51 bilhões (US$ 344 milhões). Entre os lançamentos esperados estão a Capcom Fighting Collection 2, o remaster de Onimusha 2 e versões para Nintendo Switch 2 de títulos como Street Fighter 6 e Kunitsu-Gami: Path of the Goddess.
A empresa reforça que o foco continuará sendo o aproveitamento de sua base instalada de franquias de sucesso, com especial destaque para Monster Hunter Wilds, que deve manter o ritmo acelerado nas vendas por mais um longo período.