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Nintendo Explica Por Que o Preço do Switch 2 É Mais Alto e Reafirma Que Tarifas Não Tiveram Impacto

Durante a mais recente reunião com investidores, o presidente da Nintendo, Shuntaro Furukawa, esclareceu de forma direta que o valor mais alto do Switch 2 não tem relação com as tarifas impostas pelos Estados Unidos. Segundo ele, o novo console foi precificado com base em custos de fabricação, condições de mercado, percepção do consumidor e taxas de câmbio — sem influência direta de tarifas internacionais.

Com preço anunciado de ¥49.980 no Japão, US$ 499,99 nos EUA e £395,99 no Reino Unido, o Switch 2 chega como o primeiro novo console da Nintendo após oito anos desde o lançamento do modelo original. Furukawa reforçou que o foco atual da empresa é manter o ritmo positivo da plataforma, o que considera essencial para o sucesso contínuo da divisão de hardware dedicada.

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Por que o Switch 2 está mais caro?

Ao ser questionado sobre o valor elevado do Switch 2 em comparação com o primeiro modelo, Furukawa explicou que vários fatores internos influenciaram a decisão. Entre eles, estão os custos crescentes de produção, a valorização cambial, e uma estratégia de posicionamento de mercado para garantir que o produto seja visto como parte central do entretenimento familiar de longo prazo.

No caso dos jogos, o executivo também destacou que aspectos como tamanho de arquivo e tempo de desenvolvimento impactam diretamente na definição de preços, indicando que o mesmo critério será aplicado na escolha dos valores de futuros lançamentos de software. Segundo ele, “os preços continuarão sendo avaliados com cuidado, título por título”.

Tarifas não alteraram o preço, diz Furukawa

Embora tarifas sejam tradicionalmente levadas em conta no custo de produtos exportados, Furukawa foi claro ao afirmar que, neste caso, as tarifas dos EUA não influenciaram o preço final do Switch 2. A política da empresa, segundo ele, é considerar tais tarifas como parte do custo de produção, mas excepcionalmente neste lançamento, a prioridade foi preservar o momento favorável da Nintendo no mercado global.

Furukawa ainda sinalizou que, caso as condições tarifárias mudem, a empresa pode rever o preço, desde que leve em conta o cenário geral, como demanda, concorrência e variações econômicas.

Meta de vendas e continuidade com o Switch original

A previsão da Nintendo é vender 15 milhões de unidades de hardware e 45 milhões de jogos até o fim do próximo ano fiscal. Para efeito de comparação, o Switch original vendeu 10 milhões de unidades nos seus primeiros 10 meses de vida — um número que a empresa espera ultrapassar.

Mesmo com o valor mais alto, Furukawa acredita que a retrocompatibilidade com os jogos do Switch original facilitará a transição e estimulará a adoção do novo modelo. Além disso, ele destacou que novos títulos já estão sendo desenvolvidos para o console, o que deve reforçar o apelo inicial.

O executivo também garantiu que não há limites na capacidade de produção, e que a Nintendo está reforçando sua infraestrutura fabril para responder com agilidade ao aumento de demanda. A meta é manter o ritmo de vendas não apenas no lançamento, mas ao longo de todo o ano fiscal, incluindo o período crucial das festas de fim de ano.

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Nintendo quer manter o impulso até o fim do ano

Além do impulso inicial, Furukawa ressaltou que o grande desafio da empresa será sustentar o ritmo de vendas até o fim do ano, com destaque para o mercado natalino. Para isso, a companhia planeja investir fortemente em marketing e logística, ampliando sua produção mês a mês.

Segundo ele, o novo console será acompanhado por uma linha robusta de jogos, incluindo versões atualizadas de títulos do Switch original, além de novos projetos de estúdios parceiros.

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Por fim, Doug Bowser, presidente da Nintendo of America, reforçou que o Switch 2 foi pensado como uma experiência de entretenimento de longo prazo, com foco em acessibilidade, inovação e valor percebido pelo consumidor.

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