Por Que Dragon Ball GT é Ruim? 10 Momentos Polêmicos Que Não Fazem Sentido
Por que Dragon Ball GT é Ruim? Mesmo após décadas desde sua estreia, Dragon Ball GT continua sendo um dos capítulos mais controversos da franquia criada por Akira Toriyama. A série surgiu com grandes expectativas, prometendo expandir o universo após o encerramento épico de Dragon Ball Z.
Apesar de Toriyama ter contribuído com conceitos iniciais e o redesign de alguns personagens, o tom mais leve e as escolhas criativas ousadas causaram estranheza nos fãs mais acostumados com o clima de urgência e ação desenfreada de DBZ.
Atualmente, com Dragon Ball Super assumindo o posto de continuação oficial, GT foi praticamente excluído do cânone. Ainda assim, o anime conquistou um grupo fiel de admiradores que valorizam os conceitos únicos e personagens memoráveis apresentados durante os 64 episódios da série.
Porém, por mais que o tempo tenha suavizado algumas críticas, certas decisões continuam difíceis de engolir — e em muitos casos, simplesmente não fazem sentido algum.
1. Goku Nunca Volta a Ser Adulto
A decisão de transformar Goku em criança com um desejo feito nas Esferas do Dragão Negras é, sem dúvida, um dos elementos mais discutidos de Dragon Ball GT. A ideia parecia uma tentativa nostálgica de retornar ao estilo das primeiras aventuras do Goku jovem, misturando comédia, exploração e combates em menor escala. No entanto, o que parecia ser um recurso narrativo temporário se estende por toda a série, o que levanta muitos questionamentos.
Mesmo com todos os perigos enfrentados ao longo da história — e com inúmeras oportunidades de usar as Esferas do Dragão para reverter sua condição — Goku simplesmente nunca volta ao seu corpo adulto. Isso é particularmente estranho quando lembramos que sua forma adulta é muito mais poderosa, principalmente em combate corpo a corpo.
Para piorar, a única exceção acontece quando ele ativa o Super Saiyajin 4, onde magicamente assume uma aparência mais velha… apenas durante a transformação. Fica difícil entender por que um guerreiro tão experiente aceitaria algo tão limitador sem contestar, ainda mais sendo quem é.
2. Goku É Eliminado por Mugley e Nem Percebe o Ataque
Os Torneios de Artes Marciais sempre foram eventos marcantes no universo de Dragon Ball, reunindo lutas memoráveis e momentos decisivos para o desenvolvimento dos personagens. Em Dragon Ball GT, o 31º Torneio é reintroduzido, mas ao invés de manter a tradição de batalhas épicas, acaba sendo usado como recurso cômico — com resultados questionáveis.
Por estar preso no corpo de uma criança, Goku é forçado a competir na divisão infantil e acaba enfrentando Mugley, um garoto covarde que o derrota… com cócegas. A cena é claramente voltada para o humor, mas causa estranheza quando pensamos no histórico de Goku: um guerreiro com reflexos sobre-humanos, capaz de detectar movimentos ínfimos mesmo de olhos fechados, não percebe uma investida boba como essa?
Além disso, o simples fato dele ter sido derrotado sem esboçar qualquer reação quebra totalmente a coerência de suas habilidades. Trocar a lógica e a força do personagem por uma piada visual não foi, definitivamente, a melhor escolha.
3. Goten e Trunks Nunca Se Fundem em Gotenks
Um dos maiores problemas de Dragon Ball GT é o descaso com personagens que foram cruciais em Dragon Ball Z. Figuras poderosas como Gohan, Goten e Trunks são colocadas à margem da história, enquanto Goku, Pan e ocasionalmente Vegeta ocupam o centro das atenções. Goten aparece como um adolescente mais interessado em paquerar do que em lutar, e Trunks está atolado em frustrações como presidente da Corporação Cápsula.
Mesmo com ameaças absurdamente perigosas surgindo durante a Saga dos Dragões Negros, em nenhum momento Goten e Trunks cogitam realizar a fusão para formar Gotenks — uma das formas mais poderosas da dupla. A ausência de Gotenks soa como uma oportunidade desperdiçada, especialmente quando sabemos que ele é um dos poucos personagens que chegou ao Super Saiyajin 3.
Em um confronto contra Syn Shenlong, essa fusão poderia ter mudado o rumo da história. É ainda mais estranho que, ao verem Goku e Vegeta realizando a dança da fusão, eles não tenham tido a mesma iniciativa.
4. Cell Perfeito Absorve Goku e se Torna “Overloaded Cell”
Durante o arco do Super 17, Dragon Ball GT apela fortemente para o fanservice, e o resultado é… questionável. A criação de Super 17 por Dr. Myuu e Dr. Gero provoca uma ruptura entre o Inferno e a Terra, liberando vários vilões mortos para o mundo dos vivos. Goku, em sua eterna missão de proteger a Terra, desce ao Inferno e se depara com uma improvável aliança entre Freeza e Cell. O problema? GT exagera e quebra várias regras da própria franquia nesse encontro.
Cell, agora chamado de Super Cell Perfeito, consegue absorver Goku e se transforma no “Overloaded Cell”. Mas isso não faz sentido: sua cauda, nas formas Perfeita e Semi-Perfeita, já havia perdido a capacidade de absorver.
E mais: Goku simplesmente escapa de dentro de Cell como se fosse uma tarefa fácil, quando tudo na saga original indicava que a absorção era irreversível sem uma intervenção drástica. A cena serve apenas para gerar um obstáculo momentâneo, ignorando toda a construção prévia do personagem.
5. Vegeta Vira Super Saiyajin 4 Sem Passar Pelo SSJ3
As transformações Super Saiyajin sempre foram marcos importantes na franquia, e Dragon Ball GT decidiu inovar introduzindo o Super Saiyajin 4, um conceito visualmente marcante que unia o instinto bestial com o poder dos Saiyajins. Porém, o modo como Vegeta alcança essa transformação levanta várias questões. Com ajuda da Máquina de Ondas Blutz de Bulma, ele faz seu rabo crescer novamente e avança direto para o SSJ4 — sem nunca ter mostrado o SSJ3.
Isso fere a lógica já estabelecida dentro da própria franquia, em que cada transformação é um degrau necessário para alcançar o próximo nível. Vegeta simplesmente ignora esse “pré-requisito” e salta direto para uma das formas mais avançadas, unicamente por conveniência do roteiro.
Seria muito mais coerente se, ao menos, ele tivesse demonstrado um breve domínio do SSJ3 antes de seguir adiante. Esse tipo de salto ilógico também acontece em Dragon Ball Super, quando Vegeta atinge o Super Saiyajin Blue antes mesmo de demonstrar o Super Saiyajin Deus.
6. Majuub Entra no Corpo de Baby Vegeta e Luta por Dentro
O desfecho de Dragon Ball Z plantou uma semente promissora para Uub, destacando seu potencial como um dos guerreiros mais fortes da nova geração. Em Dragon Ball GT, essa promessa até começa a ser cumprida quando ele se funde com Majin Buu e se torna Majuub, uma versão muito mais poderosa e confiante. A fusão em si já levanta algumas dúvidas quanto à sua lógica interna, mas como é Dragon Ball, os fãs acabam aceitando pela boa vontade da narrativa. O problema mesmo vem depois.
Durante o confronto com Baby Vegeta em sua forma de Grande Macaco Dourado, Majuub utiliza um novo golpe inspirado nas técnicas de Buu: o “Chocolate Kamehameha”. Baby reflete o ataque, transforma Majuub em chocolate e o devora — um destino que, em teoria, deveria selar o fim do personagem.
Mas, surpreendentemente, Majuub ressurge de dentro do corpo do vilão, golpeando-o por dentro até ser expelido. A cena é dramática e até empolgante, mas desafia toda a lógica já estabelecida. Não faz sentido que Majuub sobreviva dentro do estômago de um Oozaru, especialmente considerando que ele não foi absorvido como acontecia com Buu — ele foi comido, literalmente.
7. Antídoto de Nuova Shenlong Cura a Cegueira de Goku
Na reta final de Dragon Ball GT, os Sete Dragões Negros assumem o papel de vilões principais, cada um representando a corrupção de um desejo feito com as Esferas do Dragão. Nuova Shenlong, o Dragão de Quatro Estrelas, se destaca entre eles por ter um senso de honra e demonstrar respeito por Goku. Durante a batalha, seu irmão Eis Shenlong usa um golpe de gelo para cegar Goku. Mesmo sem enxergar, Goku derrota Eis, e Nuova, num ato de respeito, oferece um “antídoto” que cura sua cegueira.
O problema é que esse antídoto parece ter saído do nada. Em toda a franquia, nunca houve menção de algo assim, e há métodos muito mais plausíveis que poderiam ser utilizados para curar Goku. Uma Semente dos Deuses teria sido uma escolha óbvia, ou até a ajuda de Dende ou Majuub com suas habilidades curativas.
Além disso, o próprio Goku volta a enxergar pouco tempo depois sem qualquer explicação clara, o que tira completamente o peso do gesto de Nuova Shenlong e torna sua execução por Syn Shenlong ainda mais gratuita. O tal antídoto acaba sendo um recurso de roteiro conveniente e mal aproveitado.
8. O Espaço Sugoroku e a Invenção Repentina de Hell Enma
Dragon Ball sempre expandiu o conceito do Outro Mundo ao longo dos anos, mas em Dragon Ball GT, essa expansão parece repentina e exagerada. Um dos exemplos mais bizarros disso é o “Espaço Sugoroku”, uma espécie de purgatório interdimensional que se apresenta como um jogo de tabuleiro macabro e mortal.
Goku acaba sendo lançado nesse espaço após um erro durante a técnica de teletransporte de Kibito Kai — e a falta de qualquer menção prévia sobre esse lugar em todo o universo Dragon Ball deixa um gosto de conveniência forçada.
Outro elemento esquisito é a introdução de Hell Enma, a suposta versão demoníaca do Rei Enma, responsável pela parte mais obscura do Inferno. Ela comanda um tour de quatro níveis de tortura, algo totalmente inédito até então.
Considerando que o Inferno já havia sido explorado anteriormente, principalmente na saga do Torneio do Outro Mundo e durante confrontos com vilões ressuscitados, é estranho que figuras como Hell Enma só tenham surgido agora, sem nenhuma justificativa coerente além da necessidade de roteiro para GT.
Tudo soa como uma forma apressada de inserir desafios e personagens novos sem se preocupar com a continuidade do lore.
9. Goku Tem Dificuldade em Manter o Super Saiyajin 3 Sendo Criança
Uma das justificativas de Dragon Ball GT para manter Goku como criança era explorar novas formas de limitação de poder, mas nem todas essas limitações fazem sentido. Em certo momento, Goku tenta usar o Super Saiyajin 3, mas rapidamente é forçado a reverter para formas inferiores devido à sua dificuldade em manter essa transformação no corpo infantil. A série justifica dizendo que o corpo menor consome mais energia, tornando a transformação insustentável por longos períodos.
Porém, essa lógica entra em conflito direto com o que foi mostrado em Dragon Ball Z, onde Gotenks — uma fusão de duas crianças com menos de 10 anos — conseguia manter o Super Saiyajin 3 com um desempenho bastante respeitável. Se Gotenks foi capaz disso, por que Goku, com sua vasta experiência de combate e poder superior, não conseguiria manter o SSJ3 nem por alguns minutos? A incoerência mostra que GT optou por sacrificar a lógica do universo em troca de justificar o uso futuro do Super Saiyajin 4 como única saída viável.
10. As Famílias de Goku e Vegeta Simplesmente Perderam o Contato
O final de Dragon Ball GT é um dos mais emocionantes da franquia, mas também levanta uma questão incômoda: o distanciamento entre as famílias de Goku e Vegeta. Cem anos após os eventos principais da série, vemos Goku Jr. enfrentando Vegeta Jr. no Torneio de Artes Marciais, enquanto Pan observa com orgulho seu tataraneto. O problema é que os dois jovens não se conhecem — e pior, Pan sequer conhece a descendente da família de Bulma, Bulma Leigh.
Considerando toda a amizade e ligação construída entre Goku, Vegeta, Bulma e os demais personagens ao longo da saga Z, é difícil aceitar que suas famílias tenham simplesmente perdido o contato por completo ao longo das gerações. Ainda que Goku tenha se afastado no final de GT, Pan continuava viva e próxima da família de Vegeta.
A desconexão completa parece mais um recurso para gerar um mistério “nostálgico” do que uma consequência natural dos eventos da série. Esse distanciamento, além de mal explicado, contradiz a forte ligação entre os protagonistas e suas famílias vista em toda a franquia.
Por que Dragon Ball GT é considerado um fracasso?
Dragon Ball GT, sequência direta de Dragon Ball Z, gerou polêmica desde seu lançamento e é frequentemente apontada como um dos pontos mais baixos da franquia. Apesar de ter conquistado alguns fãs, a série é amplamente criticada por diversos motivos que a distanciam do sucesso como:
1. Enredo confuso e desconexo
Um dos maiores problemas de Dragon Ball GT é sua trama, que frequentemente entra em conflito com a narrativa estabelecida em Dragon Ball Z. A série introduz elementos que não se encaixam bem no universo já consolidado, como a busca pelas Esferas do Dragão Negras, que muitos consideram forçada e pouco desenvolvida. Além disso, a falta de coerência em certos arcos deixou os fãs frustrados, especialmente aqueles que esperavam uma continuidade fiel à saga original.
2. Personagens mal aproveitados
Dragon Ball GT falha em desenvolver seus personagens de forma satisfatória. Pan, neta de Goku, é um exemplo claro: apesar de ter potencial, ela é retratada como irritante e pouco relevante para o avanço da história. Outros personagens icônicos, como Vegeta e Piccolo, são relegados a papéis secundários, enquanto Goku assume quase todo o protagonismo. Essa falta de equilíbrio no elenco desagradou muitos fãs, que esperavam ver mais participação de seus personagens favoritos.
3. Humor questionável
A comédia em Dragon Ball GT é frequentemente criticada como uma das piores da franquia. As piadas são consideradas repetitivas e sem graça, distanciando-se do humor inteligente e cativante que marcou séries anteriores. Essa falha contribuiu para a percepção de que a série não conseguiu capturar a essência de Dragon Ball.
4. Foco excessivo em Goku
Enquanto Dragon Ball Z equilibrava o protagonismo entre vários personagens, Dragon Ball GT centra quase toda a atenção em Goku, muitas vezes em sua forma infantil. Essa decisão narrativa limitou o desenvolvimento de outros personagens e deixou a trama monótona para muitos espectadores.
5. Ausência de Akira Toriyama como criador
Um dos fatores mais citados para o fracasso de Dragon Ball GT é a falta de envolvimento direto de Akira Toriyama, criador da franquia. Apesar de ter contribuído com algumas ideias iniciais, designs de personagens e o título da série, Toriyama não esteve profundamente envolvido na produção. Isso resultou em uma narrativa que muitos fãs consideram “não canônica” ou uma “grande história paralela”, distante do espírito original de Dragon Ball.
6. A chegada de Dragon Ball Super
Com o lançamento de Dragon Ball Super, que contou com a participação ativa de Akira Toriyama, muitos fãs abandonaram definitivamente Dragon Ball GT. A nova série foi vista como uma correção dos erros cometidos em GT, oferecendo uma trama mais alinhada com o cânone original e desenvolvendo melhor os personagens.
7. Legado de Dragon Ball GT
Apesar de suas falhas, Dragon Ball GT ainda tem seus méritos. A trilha sonora, por exemplo, é amplamente elogiada, e alguns arcos, como o do Baby, conquistaram a admiração de parte do público. No entanto, a série é frequentemente lembrada como uma “side-story” ou um experimento que não atingiu seu potencial.
Conclusão do Por que Dragon Ball GT é Ruim!
Dragon Ball GT é um capítulo polêmico na história da franquia. Embora tenha tentado expandir o universo de Dragon Ball, sua execução deixou a desejar em vários aspectos, desde o enredo confuso até o desenvolvimento fraco dos personagens. Para muitos fãs, a série serve como um exemplo de como a ausência do criador original pode impactar negativamente uma obra.
Ainda assim, Dragon Ball GT permanece como uma curiosidade interessante para os fãs mais dedicados, que buscam entender todos os altos e baixos dessa saga icônica.
Pontos Positivos sobre Dragon Ball GT:
- Visual e trilha sonora marcantes
A abertura “Dan Dan Kokoro Hikareteku” se tornou icônica, e a estética do anime trouxe um charme diferente com traços mais sombreados e atmosfera única. - Super Saiyajin 4
Uma das transformações mais amadas pelos fãs até hoje, o SSJ4 trouxe um visual selvagem e poderoso, unindo o lado primal dos Saiyajins com o poder avançado da série. - Vilões criativos e poderosos
Conceitos interessantes de personagens como Baby, Super 17 e os Dragões Negros trouxeram ameaças únicas, com motivações diferentes e combates que fugiram do padrão habitual. Mesmo assim são mal explorados e executados dentro do anime.