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Uncharted: O Que Faltou na Franquia para se Tornar Perfeita?

A série Uncharted revolucionou o gênero de ação e aventura nos videogames, trazendo uma jogabilidade fluida, narrativa envolvente e personagens carismáticos. Desde o lançamento do primeiro título em 2007, a franquia se destacou pelo seu ritmo cinematográfico e cenas de ação espetaculares.

No entanto, há um elemento clássico dos jogos e filmes de aventura que a série nunca conseguiu desenvolver com excelência: um vilão verdadeiramente memorável.

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O Problema Recorrente dos Vilões em Uncharted

Uncharted O Que Faltou na Franquia para se Tornar Perfeita

Os jogos Uncharted sempre apostaram na clássica fórmula de caça ao tesouro, onde Nathan Drake e seus aliados competem contra antagonistas poderosos na busca por artefatos lendários. No entanto, enquanto o gênero de aventura geralmente se destaca pela presença de antagonistas carismáticos e ameaçadores, Uncharted nunca conseguiu criar um vilão que ficasse marcado na memória dos jogadores.

Nos filmes de Indiana Jones, por exemplo, os vilões não são apenas obstáculos no caminho do herói, mas figuras icônicas que elevam a tensão da narrativa. Belloq, o rival de Indy em Os Caçadores da Arca Perdida, é um arqueólogo ardiloso e manipulador que sempre está um passo à frente. O mesmo vale para os nazistas em A Última Cruzada, que representam uma ameaça global e pessoal para o protagonista.

Já em Uncharted, os antagonistas variam entre genéricos e pouco desenvolvidos, nunca atingindo o mesmo nível de relevância dentro da história.

Os Vilões da Franquia e Suas Limitações

Cada jogo de Uncharted trouxe um vilão diferente, mas nenhum deles conseguiu se destacar como uma verdadeira ameaça ou rival à altura de Nathan Drake.

  • Atoq Navarro (Uncharted: Drake’s Fortune)
    No primeiro jogo, Navarro inicialmente parece ser um mero coadjuvante, mas acaba assumindo o papel de vilão principal no final. O problema é que a revelação acontece de forma abrupta, tornando a batalha final sem impacto emocional ou uma verdadeira construção narrativa.
  • Zoran Lazarevic (Uncharted 2: Among Thieves)
    No segundo jogo, Lazarevic trouxe um tom mais brutal e violento à franquia. Ele é um mercenário cruel, mas sua motivação se resume a uma simples sede de poder, sem grandes nuances. Embora seja intimidador, ele carece da profundidade e do carisma necessários para ser um antagonista icônico.
  • Katherine Marlowe e Talbot (Uncharted 3: Drake’s Deception)
    O terceiro jogo trouxe um vilão com mais camadas: Katherine Marlowe. Sua conexão com o passado de Nathan e sua natureza manipuladora poderiam ter feito dela uma antagonista inesquecível, mas seu destaque na trama foi limitado. Para piorar, seu braço direito, Talbot, acabou tendo mais tempo de tela e ofuscando sua presença, sem que suas intenções ficassem totalmente claras.
  • Rafe Adler e Nadine Ross (Uncharted 4: A Thief’s End)
    No último jogo da franquia principal, Uncharted 4, Rafe e Nadine formam uma dupla interessante. Rafe tem um desejo de provar seu valor e se diferenciar da sombra de Drake, o que traz certa profundidade ao personagem. Porém, sua motivação só é explorada perto do final do jogo, reduzindo o impacto de sua rivalidade com o protagonista. Já Nadine, líder da milícia Shoreline, tem presença e habilidades impressionantes, mas sua relevância como vilã principal se perde ao longo da narrativa.

Como um Reboot Poderia Melhorar Isso?

Caso Uncharted receba um reboot no futuro, corrigir essa falha seria essencial para elevar a franquia a um novo patamar. Um vilão bem construído precisa ser mais do que um mero obstáculo; ele deve representar uma ameaça real para o protagonista e ter uma história e motivações que o tornem memorável.

A série poderia se inspirar ainda mais em clássicos do cinema de aventura, introduzindo vilões que tenham um vínculo mais forte com Nathan Drake ou seu legado. Além disso, uma abordagem que explore mais a moralidade dos antagonistas, mostrando que eles podem ser mais do que apenas mercenários em busca de tesouros, ajudaria a criar uma experiência ainda mais imersiva para os jogadores.

Conclusão

Uncharted é uma franquia repleta de qualidades, com personagens inesquecíveis e uma jogabilidade envolvente. No entanto, a falta de um grande vilão sempre foi um ponto fraco que impediu a série de alcançar a perfeição no gênero de aventura. Se a franquia for revisitada no futuro, seja por meio de um reboot ou uma nova sequência, garantir um antagonista forte e bem desenvolvido pode ser a chave para elevar a narrativa e conquistar ainda mais fãs.

Site Oficial da Franquia

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