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Assassin’s Creed Shadows Flopa e Vende Menos que Ghost of Tsushima para PC

O aguardado Assassin’s Creed Shadows, novo capítulo da franquia da Ubisoft ambientado no Japão feudal, chegou ao mercado cercado de expectativa — mas as mais recentes estatísticas revelam uma verdade dura: o jogo flopou feio.

Nem mesmo a ambientação tão pedida pelos fãs foi capaz de salvar o desempenho comercial da Ubisoft, que vê seu principal título afundar diante da concorrência e do desinteresse crescente do público.

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Fracasso Comercial: Assassin’s Creed Shadows Vende 10x Menos que Concorrentes

Fracasso Comercial Assassin’s Creed Shadows Vende 10x Menos que Concorrentes Dados de Vendas Steam e Playstation

Logo após o lançamento, Assassin’s Creed Shadows somou apenas cerca de 1 milhão de cópias vendidas entre PlayStation 5 e Steam, número extremamente baixo para uma franquia de renome global. A Ubisoft, ao tentar suavizar o impacto, divulgou que o jogo teve “2 milhões de jogadores”, mas essa métrica inclui assinantes do Ubisoft Plus, acesso compartilhado e até testes temporários — o que não representa vendas efetivas.

Enquanto isso, jogos concorrentes mostram um desempenho muito superior. Ghost of Tsushima, lançado originalmente em 2020 e relançado recentemente para PC, dobrou as vendas de Shadows no mesmo período, mesmo sendo um port de um jogo antigo. Já Monster Hunter Wilds, novo título da Capcom, vendeu cerca de 3,7 milhões de cópias apenas na Steam em poucos dias, escancarando o desnível entre os títulos.

Assassin’s Creed Shadows Vende Menos Ghost of Tsushima

Repetição de fórmula e desgaste da franquia

O insucesso de Assassin’s Creed Shadows não é um caso isolado, mas o reflexo de anos de desgaste acumulado. A Ubisoft tem sido amplamente criticada por repetir uma fórmula ultrapassada: mundos abertos genéricos, jogabilidade reciclada, monetizações agressivas e narrativas fracas. A comunidade gamer está saturada do modelo “escale a torre, libere o mapa e colete troféus vazios”.

Além disso, o jogo foi acusado de problemas técnicos graves, otimização ruim e decisões criativas polêmicas — incluindo liberdades históricas forçadas, que desagradaram até mesmo parte da base de fãs japonesa. Em um cenário onde os jogadores exigem experiências mais refinadas, Shadows parece não ter aprendido com os próprios erros da série.

Comparações que envergonham: Ubisoft perde espaço até para indies

Um dos sinais mais preocupantes do fracasso de Shadows é que até jogos de menor escala superaram o título em vendas. Split/Second, um jogo indie com modo cooperativo gratuito, vendeu três vezes mais que Assassin’s Creed Shadows na Steam. E vale lembrar que o game da Ubisoft foi lançado com status de blockbuster, com campanhas de marketing milionárias e hype mundial.

Ao ser superado por um jogo relançado como Ghost of Tsushima e por um lançamento japonês como Monster Hunter Wilds, a Ubisoft vê sua hegemonia no mercado de mundos abertos ruir. O desgaste da marca Assassin’s Creed é evidente, e os sinais de alerta estão em todos os cantos.

Conclusão: o começo do fim para o modelo Ubisoft?

Assassin’s Creed Shadows deveria marcar o retorno triunfal da franquia com uma ambientação tão esperada pelos fãs. Mas em vez disso, tornou-se um exemplo de como o excesso de fórmulas prontas e a resistência a ouvir a comunidade gamer pode custar caro. O flop de Shadows é mais do que uma decepção comercial: é um sintoma do esgotamento do modelo de produção da Ubisoft.

Se a empresa não repensar sua abordagem — tanto criativamente quanto comercialmente — o destino de títulos futuros pode ser ainda mais incerto. Por ora, as estatísticas não mentem: Assassin’s Creed Shadows fracassou onde mais importava — na confiança do público e no desempenho nas prateleiras.

Fonte: Alinea Analytics

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