6 Jogos Hack and Slash Esquecidos Que Merecem Uma Segunda Chance
O gênero hack and slash consolidou seu espaço nos videogames a partir dos anos 2000, com o surgimento de títulos como Devil May Cry, Ninja Gaiden, Bayonetta e God of War. Essas franquias definiram um estilo de combate dinâmico, intenso e com grande apelo visual. No entanto, para cada sucesso estrondoso, houve também jogos que, mesmo com boas ideias, acabaram sendo deixados de lado.
Alguns desses games foram vítimas da comparação injusta com gigantes do gênero, enquanto outros simplesmente não conseguiram alcançar a visibilidade que mereciam. Ainda assim, muitos deles apresentam conceitos interessantes, jogabilidade divertida e estilos únicos que os tornam dignos de uma redescoberta. Abaixo, reunimos seis jogos hack and slash esquecidos que merecem ser revisitados.
6. Bujingai: The Forsaken City
Lançado para PlayStation 2, Bujingai se inspirava claramente na fórmula de Devil May Cry, mas com um toque oriental estilizado. O protagonista, Lau Wong, foi modelado a partir do astro J-Pop Gackt, o que por si só já dava ao jogo um charme peculiar. O enredo girava em torno de uma cidade futurista atacada por forças demoníacas, e cabe a Lau enfrentá-las com movimentos acrobáticos e combates intensos.
Apesar do design de fases pouco inspirado e uma narrativa genérica, a jogabilidade era fluida e cheia de estilo. Seu visual baseado em wuxia (artes marciais chinesas estilizadas) ajudava a diferenciá-lo de outros títulos da época. Se tivesse recebido uma sequência com melhorias pontuais, Bujingai poderia facilmente ter se consolidado como uma franquia relevante.
5. Ghost Rider
Lançado para PS2 e PSP como adaptação do filme estrelado por Nicolas Cage, Ghost Rider foi duramente criticado na época, em parte por estar vinculado a um longa-metragem que ainda não havia se tornado cult. No entanto, com o passar do tempo, o jogo passou a ser visto sob outra ótica.
Misturando elementos de Devil May Cry com a brutalidade de God of War, o título oferecia combates satisfatórios com a icônica corrente de Johnny Blaze. A ambientação era sombria e infernal, e o jogo ainda trazia Blade como personagem jogável, adicionando variedade. Como adaptação, cumpria bem seu papel e oferece diversão simples, mas estilosa — ideal para quem curte o universo Marvel em sua versão mais sombria.
4. Dante’s Inferno
Muitos lembram de Dante’s Inferno pelas campanhas de marketing polêmicas: cheques enviados à imprensa para representar “ganância”, protestos falsos em eventos e concursos com temas duvidosos. Mas poucos falam do jogo em si, que foi uma competente tentativa da EA de criar seu próprio rival para God of War.
Inspirado na obra clássica de Dante Alighieri, o game oferecia uma experiência visceral, com combates rápidos, cenários infernais bem construídos e um sistema de escolhas morais em que o jogador podia salvar ou condenar almas. A jogabilidade era sólida, os visuais ainda impressionam e o design artístico se destacava pela ousadia. Infelizmente, com o fechamento da Visceral Games, as chances de uma sequência evaporaram.
3. Heavenly Sword
Antes de Hellblade, o estúdio Ninja Theory tentou emplacar Heavenly Sword como um dos grandes nomes da nova geração do PlayStation 3. O jogo surgiu como uma resposta rápida à ausência de God of War 3 no início da vida do console. Nariko, a protagonista, empunha uma poderosa espada divina e enfrenta exércitos em um mundo com estética inspirada na mitologia oriental.
Apesar da recepção morna na época, o jogo apresentava boas ideias, visual marcante e personagens interessantes — especialmente a atuação de Andy Serkis como o vilão. Heavenly Sword está disponível no catálogo da PS Plus Premium, e esta pode ser uma excelente oportunidade para revisitar (ou conhecer) essa pérola esquecida.
2. Enslaved: Odyssey to the West
Com uma abordagem cyberpunk do clássico conto chinês Jornada ao Oeste, Enslaved foi mais um esforço criativo da Ninja Theory. O jogador controla Monkey, um guerreiro que precisa escoltar Trip por um mundo pós-apocalíptico repleto de máquinas hostis. A relação entre os dois protagonistas é o centro da trama, mesclando ação com uma narrativa emocional.
O sistema de combate, embora simples, era funcional, e a interação entre os personagens oferecia profundidade e humanidade. Ainda que tenha vendido pouco, o jogo é lembrado com carinho por muitos fãs. Ele antecipa, em muitos aspectos, o que viríamos a ver anos depois em God of War (2018). Uma sequência nunca aconteceu, mas o original ainda merece atenção.
1. The Wonderful 101
Idealizado por Hideki Kamiya, criador de Devil May Cry, The Wonderful 101 propunha uma abordagem única: controlar um grupo de super-heróis que se unem para formar armas gigantescas e enfrentar ameaças cósmicas. Lançado inicialmente no Wii U, o jogo sofreu com a baixa popularidade do console, mas ganhou nova vida em edições remasterizadas para PS4, Switch e PC.
Seu estilo visual colorido, jogabilidade criativa e diversidade de mecânicas — incluindo referências a jogos clássicos como Punch-Out!! e Space Harrier — mostraram o potencial da PlatinumGames em seu auge. Infelizmente, mesmo com a nova versão, as vendas não corresponderam. Ainda assim, The Wonderful 101 permanece como uma das experiências mais inovadoras do gênero hack and slash.
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