Durante uma entrevista recente promovida pelo site oficial de Dragon Ball, Toyotaro — ilustrador responsável pelo mangá de Dragon Ball Super — fez questão de demonstrar sua admiração pela tão discutida Saga Majin Boo, um dos arcos mais complexos e polêmicos de Dragon Ball Z.
A conversa ocorreu durante a divulgação do volume 24 do mangá no Japão, lançado em 4 de abril de 2025, e contou com a presença da cantora Maria Makino, integrante do grupo idol Morning Musume ’25. Em meio às perguntas sobre a nova fase do mangá, o tema Majin Boo surgiu como uma homenagem à última grande saga desenvolvida diretamente por Akira Toriyama na fase Z da franquia.
Saga Majin Boo é celebrada por sua liberdade criativa
Toyotaro não poupou elogios à saga, reconhecendo que, embora muitos fãs tenham opiniões divididas, ele vê esse arco como um dos mais ricos da franquia. “Foi a última grande história que Toriyama idealizou antes do encerramento de Dragon Ball Z. Existe um grau de liberdade criativa ali que é único”, comentou o artista, que também revelou se inspirar frequentemente no design e estilo dessa fase para suas próprias páginas em Dragon Ball Super.
Entre os pontos destacados, ele mencionou a variedade de personagens, os elementos cômicos e o clima imprevisível que permeia a saga. Desde fusões como Gotenks até as formas imprevisíveis de Majin Boo, Toyotaro acredita que essa etapa rompeu com muitas fórmulas estabelecidas até então, tornando a narrativa mais ousada e memorável.
Gohan, Gotenks e os momentos leves da saga
Um dos temas mais debatidos entre os fãs é a “queda” de Gohan como protagonista, já que muitos esperavam vê-lo no papel de herói definitivo após a derrota de Cell. Toyotaro reconheceu essa frustração de parte do público, mas argumentou que a jornada de Gohan ainda acrescenta profundidade emocional ao enredo, especialmente com a introdução de elementos como o Great Saiyaman e o amadurecimento do personagem.
Já Maria Makino confessou sua afeição pelos momentos cômicos, como as cenas em que Gotenks age de forma infantil ou quando Majin Boo decide construir sua própria casa. Ela apontou essas passagens como parte essencial do charme da saga, equilibrando a tensão dos combates com leveza e criatividade.
Majin Boo e a dualidade entre caos e inocência
Outro ponto mencionado por Toyotaro foi a construção do próprio vilão Majin Boo, que passou por diversas formas e personalidades ao longo da saga. A imprevisibilidade do personagem — que pode passar de um ser destrutivo a uma criatura ingênua e divertida — representa, segundo o artista, uma genialidade que poucas vezes foi repetida na franquia.
“Majin Boo é a encarnação da imprevisibilidade em Dragon Ball. A maneira como ele é escrito faz com que cada episódio traga algo novo, e isso é algo que eu tento capturar em Super também”, completou Toyotaro.
Uma fase que dividiu fãs, mas que marcou história
Embora a Saga Majin Boo tenha sido alvo de críticas ao longo dos anos, principalmente por sua estrutura menos linear e pelas mudanças de foco entre os protagonistas, ela permanece como uma das mais marcantes de Dragon Ball Z. Sua ousadia narrativa, misto de humor e drama, e personagens carismáticos garantiram seu lugar no coração de muitos fãs.
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Toyotaro finaliza destacando que é justamente essa “liberdade sem amarras” que torna a saga tão especial — e por isso, merece ser valorizada não apenas como parte da nostalgia, mas como um dos pilares criativos de toda a franquia.
Fonte: Dragon Ball Site Oficial